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SEMEC

CRIE destaca a importância de professores autistas no ensino inclusivo

4 de abril de 2025
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No Centro de Referência em Inclusão Educacional (CRIE), da Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (Semec), a Semana da Conscientização do Autismo foi marcada por trocas de experiências, aprendizados e acolhimento.

Contents
O papel das mães atípicas: entre a aceitação e a busca por direitosUma educação especial mais inclusiva inspirando pais e alunosO papel do CRIE na educação especial

De 31 de março a 4 de abril, a programação intensa reúne mães, crianças autistas, professores e terapeutas que participam de rodas de conversa, oficinas e atendimentos especializados, compartilhando experiências e debatendo caminhos para garantir mais oportunidades às pessoas autistas.  

A iniciativa não se limitou apenas à celebração da data, mas reforçou a importância da luta diária pela inclusão e acesso a terapias adequadas. O diretor do CRIE, Marcos Lopes, destacou que o Centro atua como referência na inclusão educacional de crianças com TEA na rede municipal de ensino. “Nosso objetivo é garantir que essas crianças tenham um ambiente de aprendizado adequado, com suporte especializado e, principalmente, que suas famílias também sejam assistidas nesse processo”, afirmou.  

O papel das mães atípicas: entre a aceitação e a busca por direitos

Para muitas mães atípicas, a descoberta do autismo de seus filhos vem acompanhada de desafios e aprendizados diários. Régia Favacho do Vale, professora e mãe atípica, destacou a importância do suporte dentro das escolas. “Eu sonho que momentos como esse se tornem rotina nas escolas, porque nós, mães, muitas vezes buscamos apoio nos professores, desabafamos, pedimos orientações. Ter esse acolhimento dentro da escola faz toda a diferença”, declarou.  

“Ter esse acolhimento dentro da escola faz toda a diferença”, afirma Régia do Vale, mãe de autista e professora. – Crédito: Jader Paes / Agência Belém

Já Suellen Araújo, cabeleireira e mãe de Rodrigo Wallace, de 5 anos, relatou o impacto positivo dos atendimentos no CRIE. “Ele começou a apresentar sinais com dois anos e meio, mas só fechamos o diagnóstico aos quatro anos. Desde que começou os acompanhamentos, o avanço tem sido enorme. Aqui recebemos acolhimento e informação, mas nem todas as mães têm esse acesso, e isso precisa mudar”, ressaltou.  

Suellen Araújo, mãe de aluno com TEA, falou sobre a importância do CRIE: “Aqui recebemos acolhimento e informação”. – Crédito: Jader Paes / Agência Belém

A diarista Sabrina Moraes reforça a importância da aceitação. Para ela, compreender que seu filho não é doente, mas apenas tem uma forma diferente de perceber o mundo, foi um divisor de águas. Ela acredita que a aceitação precisa começar dentro de casa. “Nosso filho não é doente, ele só pensa diferente. O primeiro passo é entender isso e aprender a entrar no mundo dele. Paciência e amor são essenciais”.  

Sabrina Moraes é mãe atípica e reforça que a aceitação precisa começar dentro de casa. – Crédito: Jader Paes / Agência Belém

Uma educação especial mais inclusiva inspirando pais e alunos

Um dos grandes exemplos dessa inclusão é a professora Ellen Brasil, que atua no CRIE há 13 anos e também está dentro do espectro autista. O trabalho dela é reconhecido por muitas mães, como Suellen Araújo, que percebeu um avanço significativo no desenvolvimento do filho após os atendimentos com Ellen.  

A professora Ellen Brasil atua no CRIE e também possui autismo. – Crédito: Jader Paes / Agência Belém

“Ela entende meu filho porque enxerga o mundo de uma forma parecida. Com ela, aprendi como ajudá-lo, entender suas pausas, seus momentos. Muitas vezes, o autismo é tratado como uma limitação, mas ela prova que é possível conquistar espaços”, contou Suellen.  

A inclusão escolar de crianças autistas ainda é um grande desafio. Ellen Brasil falou sobre a emoção de ver os alunos evoluírem. “Eu não tive suporte na escola, e até hoje muitas crianças ainda enfrentam essa realidade. Poder oferecer esse apoio agora me realiza. Mas o autismo não pode ser lembrado só em abril, a inclusão precisa ser uma luta constante”, disse.  

Ellen lembra que ainda existe muito preconceito sobre autistas no mercado de trabalho e que, no início, enfrentou dúvidas até mesmo de pais sobre sua capacidade de ensino. “Eu sempre carreguei essa dúvida: será que vão confiar em mim? Mas hoje, ao ouvir relatos de mães que percebem avanços em seus filhos, vejo que estou no caminho certo. Ser autista não me impediu de ser professora, e não impede ninguém de alcançar seus sonhos”.

Brinde entregue na programação traz mensagem-chave: “Enquanto existir amor, não haverá diferenças!” – Crédito: Jader Paes / Agência Belém

O papel do CRIE na educação especial

O CRIE desenvolve projetos que fortalecem o vínculo entre escola, família e crianças. Um deles é o “Mães que Aprendem”, criado por Ellen Brasil, que permite que as mães acompanhem de perto as terapias e aprendam a aplicar as técnicas em casa. Suellen Araújo, que participou do projeto, destaca a importância. “Eu não sabia como lidar com muitas situações. A Ellen, por ser autista, entende melhor nossos filhos e nos ensina a olhar o mundo com uma nova perspectiva. Isso fez toda a diferença para mim e para o meu filho”.  

A Semana de Conscientização do Autismo no CRIE mostra que a inclusão precisa ser um compromisso diário da sociedade. A luta não pode se limitar a uma data no calendário. É preciso garantir que cada criança tenha seu espaço, sua voz e seus direitos respeitados.

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Assuntos SEMEC
Redação 4 de abril de 2025 4 de abril de 2025
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